FÊNIX Brota o sol entre as montanhas, Serena olha o horizonte e murmura! Eu preciso voar, será que ainda consigo.Tivera uma vida imposta por um homem ciumento, liberta-se de suas amarra…

[Eliza Augusta Gouveia Gregio]

 

 

FÊNIX

 

 

     Brota o sol entre as montanhas, Serena olha o horizonte e murmura! Eu preciso voar, será que ainda consigo.Tivera uma vida imposta por um homem ciumento, liberta-se de suas amarras e voa sem medo, fica a admirar o céu um painel pintado por Deus.    Perdia-se entre seus sonhos, o passado e a realidade do momento, sentia o cheiro da terra que um dia foi seu berço de ouro, já não via mais as montanhas, só via um grande tapete verde, que brilhava com o sol quente parecendo um mar sem fim, era as belas terras paranaenses.Serena se transbordava em cálidas lágrimas, caiam molhando aquele tapete verde, acariciando  sua face e aliviando a sua dor.Nuvens brancas a seguiam, por mais que voava para longe não mudava aquele painel, Serena  ficava a olhar esplandecida.Compactuavam todos os seus movimentos. Anoitece Serena desperta assustada, se entristece mais ainda, seu coração bate descompassado, se sentido um pássaro ferido.Seu mundo estava escuro, suas estruturas estavam abaladas, à noite que chega é fria a lua nasce bela, como uma pérola gigante.Chega ao seu destino, sentiu um abraço quente, enxugou suas lágrimas, mais não aqueceu seu coração, ouviu uma voz sussurrando em seu ouvido que dizia coragem...Te amo...Passou se atropelando entre o povo que ali estava, uns chorava outros contava piadas, muitos se embriagava, aquela noite era de dor e arrependimentos.Serena avista de longe um branco caixão? Como doeu seu coração!Passa um filme inacabado pela sua memória, uma historia com final triste.Chega perto e fica a olhar calada, seus olhos secou, o peito queimava como brasa, ao olhar a aquele corpo inerte, abraçar não, nem a tocou, quantas vezes em vida podia ter voado ate ela e abraçá-la não o fez por covardia, eram tantos pensamentos perdidos, sentimentos inexprimíveis.Sufocou cada pensamento dentro do peito. Minha alma gritava naquele momento! Mamãe, perdão... Mil vezes perdão!Prometo a você que nunca mais vou parar de voar, não vou deixar nada para trás. A noite foi longa, fiquei a olhar nem piscava, murmurava ser a ultima vez, é hora de te cobrir minha princesa.Embaixo de um pé de ipê se despedem, voa para não mais voltar, apagou o passado mudou seu futuro renasceu como um pássaro lindo, onde corpo e alma se unem ultrapassando os limites da liberdade.

 

 Eliza gregio