A noite dorme insone;
Bocejos da madrugada.
A lua ressona acordada
Pelo deserto sem nome.
Estrelas escondem a luz;
No universo, a escuridão
Retrata o silêncio em vão,
Pois os ecos que são azuis
Vomitam o sol quadrado...
A atmosfera fica de lado
E os ventos sopram urtiga.
Coça-se, na bexiga, o éter;
E a urina desce pelo ureter
Invadindo a Terra…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el junio 25, 2019 a las 10:24pm — 2 comentarios
Nada fácil enfrentar uma embriaguez política.
O homem já nasce fantoche dos ideais mundanos
E, quando se agrega a partidos, seus pensamentos
São inundados por atributos que reclamam urgência.
É o cadafalso que o leva ao heroísmo ou à traição,
Covardia analfabeta, alienada a estruturas paradoxais.
O novelo do sucesso ou da perseguição é utópico.
Não há parâmetros que definam com plena exatidão
O arsenal que…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el junio 22, 2019 a las 11:32pm — 3 comentarios
I
Diminua a velocidade, Parasita,
Quero respirar o ar de Úrsula Maior...
Nestes prados e bosques não há o pó
Que desnutre o sonho de uma sabedoria infinita.
- Vossa Majestade sabe que o perigo
Reina nos desertos de qualquer imensidão,
Que não se deve fincar os pés num chão
Onde não se tenha pelo menos um amigo.
- Eu sou Ameba, Rainha do Cruzeiro do …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 10, 2014 a las 5:21pm — No hay comentarios
A mente é gigantesco campo industrial...
O pensamento é matéria-prima de escol,
Seduzido e aliciado pelo raciocínio lógico
Que produz, numa seara infinitesimal, as ideias...
Não existe maquinário tão perfeito e lúcido
Dentre possíveis milhões de consciências conhecidas...
Ainda há um privilégio: é a única racional,
Pois, as demais são vegetativas, isto é, instintos...
Mesmo assim, a ignorância trucida a…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 9, 2014 a las 8:06pm — No hay comentarios
Saio à noite a caminhar pelo calçadão.
Meus pensamentos estão turvos...
Sento-me na murada e avisto o mar.
O vento forte assanha meus cabelos
E escuta meus murmúrios solitários.
Minha imaginação vagueia sem lume
Enquanto a lua namora o oceano,
Despejando seu brilho sobre as ondas...
Ao longo das águas navios desfilam
Bocejando saudades diante do tempo...
A solidão é uma intempérie das horas
E os minutos…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 9, 2014 a las 8:05pm — No hay comentarios
A vida na terra é um intenso ensaio
Para que se obtenha do amor sua face divina,
Aqui se aprende apanhando, é uma grande oficina
Em que sofrimento é labor que se ajunta num balaio.
Na escola do mundo qualquer um é professor,
Mas também qualquer um é indisciplinado aluno,
Com a troca de experiências o conhecimento é profundo,
Então da tristeza faz-se a alegria; da dor, o amor!
Esta é a didática que se tem como…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 9, 2014 a las 8:04pm — No hay comentarios
Intensamente persegui meu destino,
Vislumbrei horizontes jamais almejados,
Refleti no sonho que me acariciava o peito
E em meu êxtase tentei alcançá-los!
Saboreei indelevelmente a fantasia,
Considerando-a digna do mundo real,
Senti o curso de sensíveis imagens
Transpondo fronteiras do universo imaterial.
Cedendo ao impulso da inconsciência,
O delíquio arrebatou-me de embriaguez a alma
E meu espírito fluiu…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 7, 2014 a las 1:52pm — No hay comentarios
Narciso envaideceu-se no espelho das águas
E de sua beleza tornei-me bizarro afluente,
Em minha imagem não me desvendei diferente
E numa nódoa de tristeza afoguei minhas mágoas.
Lagos enfermos destituíram a formosura
Que evoquei da colossal sombra de Narciso,
Mas a poluição retrucou que não era preciso
Envaidecer-me de uma beleza que não depura.
Envelheci saturando a tez com cosméticos,
Em minha senilidade…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 7, 2014 a las 1:51pm — No hay comentarios
Sempre vítima
Dos dissabores da vida,
O homem pensa ser herói
De suas próprias façanhas...
Deslembra-se do vizinho,
Procura encurtar caminhos
Na ânsia louca
De atingir o impalpável
Em seu íntimo...
Mergulha em abismos obscuros
Tornando o destino sem rumo
E não enxerga
Sua própria consciência...
Oculta sua existência,
Busca no nada uma saída
E…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 7, 2014 a las 1:49pm — No hay comentarios
O beijo que te dei caiu no asfalto
E foi pisoteado pela turba cafajeste...
Não sei... Talvez o carinho que me fizeste
Tenha sido fraude de um gesto falso.
Não mensurei a intensidade do gemido
Que abalou a superfície dos teus lábios,
Nos meus todos os prazeres foram raios
E labaredas de um vulcão semi-adormecido.
Se o fogo de uma paixão não te queima,
É porque tua sensibilidade não é seiva,
Mas barrotes de…
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 7, 2014 a las 1:48pm — No hay comentarios
Meu idioma íntimo é deveras polivalente,
Ecletismo adquirido com experiências da vida...
É sonso, não nego, de certas coisas se desliga
E não se preocupa com o que outrem sente...
Caracteriza-se essencialmente pela vaidade
De compreender-se a si mesmo sempre,
Esse egoísmo, diz ele, é imenso presente
De uma soberba que o torna anfitrião da verdade...
Aí está o pecado: a …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 4, 2014 a las 2:11pm — 1 comentario
Perdi-me numa rua sem nome
Repleta de casas pobres, buracos à beça...
Pelas calçadas, cachorros sujos enfeitavam o ambiente
E esgotos a céu aberto vitaminavam a respiração.
Tropecei numa calçada quebrada e caí...
Para meu espanto, ninguém registrou o fato
E fiz de um muro cheio de lodo, meu apoio...
Levantei-me e, atordoado, tentei desvendar onde estava...
Lugar …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 4, 2014 a las 2:10pm — 1 comentario
As palavras podem esconder pendores da personalidade?
Quem manuseia vocábulos retrata a si mesmo
Por mais que tente disfarçar o verdadeiro intento.
Dizem que um texto é fotografia de quem o escreve
E a mensagem encontra-se ligada ao foro íntimo
Embora o autor busque na generalidade, o conteúdo...
Cada qual expressa um tema mediante conhecimentos
E procura mesclar o …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 4, 2014 a las 2:09pm — No hay comentarios
Meus olhos falam da beleza dos campos
E minha boca escuta o canto dos pássaros,
No sorriso dos homens que parecem alados
Vê-se em noite sem lua o clarear dos pirilampos.
Plenitude: estradas adornadas por cereais...
Canteiros de flores: olfato de morangos e cerejas,
Sol é vida onde amarguras e tristezas não estejam
Para alumiar a felicidade que não perece …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 4, 2014 a las 2:07pm — No hay comentarios
Sou partículas e vivo entre átomos,
Para ver-me só através de microscópios,
Minha fina configuração tem propósitos
Que são magia e constituem meus ácidos.
Em cadeia minhas emoções são substâncias
Que fomentam reações em meu psíquico,
Meu sistema equaciona volumes atípicos
De gases que confeccionam o libido em fragrâncias.
Elementos querem ser vedetes entre as …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 1, 2014 a las 6:22pm — No hay comentarios
O caixão estava na sala ampla,
O corpo do moribundo já exalava odor,
Alguns oravam circunspectos, outros com rancor
Daquele homem que em vida tivera fina estampa.
Ao redor da sala onde o morto descansava,
Abutres já sobrevoavam afoitos e famintos,
Aves tesudas que aos poucos o cadáver iam consumindo
Até restarem apenas ossos que então desprezavam.
O fenomenal mau …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 1, 2014 a las 6:21pm — No hay comentarios
Os santos vivem bem, são milionários...
Conglomerado das riquezas da Imensidão,
Os príncipes celestes gozam da fartura eterna,
Pois levam da terra o tesouro das esperanças
Que veste a fé das criaturas que neles creem...
O mundo se ajoelha perante homens endeusados pela História...
Sabe-se que Deus é único em trono e poder,
Todavia se observa um Cristianismo …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el enero 1, 2014 a las 6:20pm — No hay comentarios
Quem convive com dilemas
Sabe onde o sapato aperta...
Meus pés feridos, sempre alerta
Contra as peripécias desses sistemas!
Até sandálias me deixam calos,
Imaginem-se as marcas das alpercatas...
Meus dedos evitam meias de burocratas
Porque são eles que torcem meus talos!
É assim... Sempre legislam contra o povo
E em suas mãos tudo novo, novo...
A massa que …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el diciembre 30, 2013 a las 8:45am — No hay comentarios
Eu sou peão, tenho as mãos calejadas
De tanto labutar na roça, na enxada
Não para ter fartura, mas para sobreviver...
Quatro e meia da manhã o galo canta
E muita gente que nem teve janta
Com a barriga vazia chora no amanhecer...
Realidade que oprime o homem do campo
Que, sem água, não cultiva seu sustento
E deixa a família à míngua, morrer ao …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el diciembre 30, 2013 a las 8:44am — No hay comentarios
Meu temperamento é meio gigolô,
Recebe ofensas e violência: fica calado!
Até parece político, sabido deputado
Que esvazia sacos e não tem cor.
Óbolo não recruta, diz estar bem,
Apesar das evidências, coloca-se vítima
Do torneio de palavras que o crucifica
E quando busco respostas, não as tem.
Oportunista, escora-se em meu trabalho,
Vive a induzir-me a desvendar …
ContinuarAgregado por Ivan de Oliveira Melo el diciembre 30, 2013 a las 8:43am — No hay comentarios
RED DE INTELECTUALES, DEDICADOS A LA LITERATURA Y EL ARTE. DESDE VENEZUELA, FUENTE DE INTELECTUALES, ARTISTAS Y POETAS, PARA EL MUNDO
Ando revisando cada texto para corroborar las evaluaciones y observaciones del jurado, antes de colocar los diplomas.
Gracias por estar aquí compartiendo tu interesante obra.
http://organizacionmundialdeescritores.ning.com/
CUADRO DE HONOR
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